Resumo

Os biossurfactantes são compostos tensoativos sintetizados por microrganismos quando cultivados em diferentes fontes de carbono e suas aplicações são em biorremediação, biodegradação, limpeza de reservatórios de óleos, recuperação terciária do petróleo, entre outras. Essas substâncias de origem microbiana têm atraído grande atenção devido às suas características de biodegradabilidade, baixa toxicidade e aceitabilidade ecológica e habilidade de serem produzidas a partir de fontes renováveis e de baixo custo. Estas propriedades dos biossurfactantes os tornam adequados para várias aplicações industriais, como detergência, emulsificação, lubrificação, capacidade espumante, solubilização, dispersão de fases e diminuir a tensão superficial e a interfacial. No presente trabalho, analisamos o biossurfactante produzido pela bactéria Serratia marcescens UCP 1549 em meio contendo rejeitos (vinhaça e óleo vegetal pós-fritura). A bactéria foi obtida junto ao Banco de Culturas do Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais da Universidade Católica de Pernambuco. De acordo com o planejamento fatorial proposto, os meios foram formulados e utilizados para a produção do biossurfactante e incubados à 28ºC a 155rpm, durante 48h. O biossurfactante produzido foi avaliado pelas medidas de índice de emulsificação e tensão superficial utilizando substratos hidrofóbicos como por exemplo: óleo vegetal pós-fritura, óleo de milho e óleo de girassol. Onde a condição 8 apresentou o melhor índice de emulsificação com óleo pós-fritura, que foi de 83,34%. E já para a tensão superficial a melhor condição foi a 3, que obteve uma tensão de 27,88 mN/m. Os resultados indicados nos mostram que a bactéria Serratia marcescens foi capaz de produzir um biossurfactante com capacidades emulsificantes nas condições estudadas e com um substrato de baixo custo.